sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Visita ao Museu do Som e da Imagem


Na minha visita ao museu de Vila Real sobre som e imagem, observei algumas ferramentas utilizadas no teatro e também as primeiras formas de entretenimento que viriam a ser o cinema.

No teatro havia a necessidade de ser produzido som/música ambiente aquando de cenas específicas. Para esse efeito eram precisas pessoas que tocassem os instrumentos apropriados atrás ou debaixo do palco, já o som ambiente era produzido por “mecanismos” que apesar de rudimentares eram muito eficazes na imitação de um vendaval, uma trovoada ou uma chuva.

O mecanismo que produzia um som semelhante ao da trovoada consistia num carro oco com rodas dentadas. Ao ser movido as falhas nas rodas causavam vibrações na parte oca do carro, que eram amplificadas e produziam uma imitação muito convincente do som de uma trovoada.

O mecanismo que simulava o som do vento, funcionava com uma manivela que friccionava várias peças de madeira numa lona, emitindo assim um som semelhante ao “assobio” do vento.

Infelizmente o mecanismo que simula o som da chuva, encontrava-se em reparações aquando da minha visita.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1FjIR1GkAoIMZ84TDest99aMhUd1C614VxWYmdvgZQ6NGb1L0GVF88tUZuGjcOHrGTpQo19-xXur2C5Q5XfJkHWggo7GsiBTn2wP1ktthAi0g-c6s78MbuckzLoNET7b0KPKt_Cle3mF3/s1600/Os+efeitos+especiais_vento-chuva-trovoada.JPG


Vimos também alguns “zootrópicos”, que eram já ideias para o cinema, um zootrópico é uma tira com vários desenhos representando uma ação cíclica (ex.: Um cavalo a correr) colocada enrolada dentro de uma bobine equipada com um espelho por cima do eixo ou com espaços intervalados por cima da tira, quando em movimento cria-se a ilusão de que a imagem observada no espelho ou  através dos espaços através da sucessão rápida dos desenhos está em movimento. E uma ilusão de uma imagem em 3D, criada por duas imagens iguais colocadas lado a lado em ângulos ligeiramente diferentes, fazendo o nosso cérebro ver um relevo e associá-lo à “profundidade” da imagem.

Dois anos após a invenção do cinema, este chegou a Vila Real. Naquele tempo, os projetores de cinema eram máquinas relativamente grandes, cuja manutenção requeria um curso e o material utilizado para produzir a fita do filme era altamente inflamável e por isso muito propício a acidentes. No início, o cinema era mudo e portanto era necessário além do projetor uma grafonola com um vinil para ser ouvida a banda sonora, porém, mais tarde as fitas do filme adquiriram uma banda preta ao pé das imagens que seriam traduzidas em som. A luz era produzida por duas peças de cobre a uma distância constante, o que criava uma luz intensa, essa luz era dirigida por uma mega lente através da fita, que passava por segundo 10 (e mais tarde 16) fotogramas, até à tela de projeção.

Apesar de rudimentar, naquela altura os projectores representavam um grande avanço tecnológico.

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